A menos de um mês para o fim do mandato, Câmara debate afastamento Cruz.

Apesar das discussões acaloradas, pedido não deve prosperar, apesar de ter base jurídica.

Diante da prisão do então secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, e de dois auxiliares, vereadores estão discutindo fortemente a possibilidade de afastamento do atual prefeito Rogério Cruz (SD).

Entre as acusações para tirar Cruz do cargo a menos de 30 dias do fim do mandato estão os desmandos na saúde pública, evidenciados pela Operação Comorbidade do Ministério Público de Goiás, que resultou na prisão de Pollara, e outros membros da pasta, a crise na limpeza urbana, marcada pela precariedade nos serviços de coleta e gestão de resíduos e atrasos nos pagamentos a secretarias municipais, incluindo Infraestrutura, Cultura e Administração.

Pelo menos 20 vereadores já teria apoiado a iniciativa, número suficiente para formalizar o pedido, que requer adesão de um terço da Casa.

Caso o afastamento se concretize, Romário Policarpo, presidente da Câmara, assumiria a prefeitura interinamente até 31 de dezembro. No ano passado, Policarpo arquivou um pedido semelhante por “descumprimento de critérios legais”, segundo a Procuradoria da Casa.

Caso os vereadores consigam dar andamento, o pedido de afastamento não deve prosperar, pois o documento depende da decisão do presidente do Legislativo para ser colocado em debate no Plenário, o que não deve ocorrer.

Edit Template