O Jornal A Voz do Povo falou com exclusividade com o casal Junio da Silva, 47, e Jéssica Aline Lemes da Silva, 32, pais do menino Junio da Silva Filho, de apenas 5 anos de idade,que morreu na madrugada do dia 24 de março, internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Iporá.
Num misto de emoção, revolta e indignação, Junio e Jéssica demonstram que a dor da 0erda do filho aumenta a cada minuto pela angústia de não saber (até o dia da entrevista) a causa do falecimento da criança, que segundo a mãe, não tinha nenhum histórico de doença que justificasse a sua morte tão repentina.
A mãe, que é técnica em enfermagem, relata que no início da manhã de sexta-feira, 21, ela levou o filho à UPA passando mal, com febre e ao contrário do que foi divulgado nas redes sociais de Iporá, o garotinho foi atendido pelo médico plantonista, em pouco tempo. Após atestar que o menino estava com a garganta infeccionada, o médico receitou medicamentos e o liberou.
Segundo a mãe, mesmo usando os medicamentos, a febre do filho não cessava. Ela conta que na madrugada de domingo, 23, ele começou a tossir muito, piorando o quadro ao ponto de ele mesmo pedir a mãe para que o levasse para a UPA.
Jéssica conta que no início da manhã de domingo Juninho foi atendido na UPA por uma médica, também sem demora, e que após receitar novas medicações a doutora os liberou para voltarem para casa. O pai e a mãe nem imaginava que o pior de tudo ainda estava por vir.
Junio pai, que é serralheiro, além da real causa da morte do filho, faz outros questionamentos entre eles o motivo do filho ser atendido por uma médica pediatra só depois que o quadro dele piorou? Por que o filho não foi encaminhado para Goiânia antes que o pior acontecesse?
Os pais deixam claro que não estão atrás de culpados. Eles querem apenas saber porque o filho, que segundo eles, era tão saudável, morreu de forma tão prematura. Jéssica disse que recebeu uma Declaração de Óbito, que para ela não esclarece de fato a causa da morte do filho. O casal afirma que vai acionar o Ministério Público e o Judiciário para esclarecer o caso.
Diante da comoção que o caso provocou, a Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal de Iporá está acompanhando a situação. Na semana passada o diretor clínico da UPA Dr. Saulo Filho foi convidado pela Comissão para dar explicações sobre o que aconteceu durante o atendimento do garotinho Juninho.
Durante uma sessão ordinária dos vereadores o médico usou a tribuna e falou sobre o assunto. Ele iniciou afirmando que, de acordo com o prontuário do paciente, o atendimento foi realizado de acordo com o protocolo.
Esta reportagem, por várias vezes tentou falar com o diretor da UPA Dr. Saulo Filho, mas ele não retornou aos nossos contatos. A prefeita do município Dra. Maysa Cunha também foi procurada por mais de uma vez, através de sua assessoria, porém também não se manifestou. O espaço fica aberto para ambos.
Por: Edivaldo do Jornal A Voz do Povo