Criminosos lesam lotéricas em R$ 250 mil com o Golpe do PEV, em Turvânia e São João da Paraúna.

Nos dias 26 e 28 de novembro passado, as únicas lotéricas das cidades de São João da Paraúna e Turvânia foram vítimas do famoso Golpe do PEC (Pagamento Eletrônico Caixa) e juntas tiveram um prejuízo de cerca de R$ 250 mil reais. Turvânia: R$ 52.400,00 e São João da Paraúna: R$ 198.000,00.

Nas duas lotéricas os modos operandi dos criminosos foram semelhantes. Em Turvânia uma mulher, moradora da cidade e bem conhecida pela população, chegou em um dos caixas e disse para a atendente que uma pessoa que falava com ela pelo telefone queria falar com ela.

A funcionária pegou o telefone e começou a falar com um homem que estava do outro lado da linha. Segundo a atendente, o suspeito teria pedido que ela fizesse várias transferências em mais de uma conta, da Caixa Econômica Federal Mercado Pago, e que ao final ele pagaria uma parte e a mulher que levou o telefone à lotérica pagaria a outra parte.

A atendente da lotérica, que não terá a sua identidade revelada nesta matéria, ela será identificada apenas por “Maria”, falou com exclusividade com o A Voz do Povo e relatou em detalhes o que aconteceu.

A proprietária da lotérica Jornna Doutor, preferiu não falar sobre o caso. Ela informou apenas que a Polícia Civil deu início à investigação e que ela ainda tem esperança de ser ressarcida do prejuízo.

O A Voz do Povo conseguiu falar, por telefone, com a mulher que foi o pivô de todo o acontecido. Identificada por Ambrosina, a versão dela é muito diferente da versão relatada pela atendente. Ambrosina, que é ex-conselheira tutelar de Turvânia, afirma que chegou na lotérica e disse para a funcionária que o homem que estava ao telefone queria falar com ela. Somente isso.

Esta reportagem obteve a informação que Ambrosina teria aceitado pagar 50% do prejuízo à lotérica, mas quando ela foi questionada se isso era verdade, ela disse que não. Que teria que essa questão com o advogado que ela constituiu. Uma informação não oficial diz que Ambrosina se mudou de Turvânia. Entramos em contato, mas ela não retornou.

No caso de São João da Paraúna a ação do golpista foi um pouco de diferente. De acordo Dra. Ana Flávia, sócia-proprietária da lotérica vítima, a sua funcionária foi abordada por uma pessoa pelo aplicativo Whatsapp utilizando-se de um perfil falso, como se fosse dela e do esposo, também dono da lotérica.

Durante a conversa, segundo Ana Flávia, o criminoso ganhou a confiança da funcionária e paralelo a isso, utilizando um perfil falso com a foto do casal, e acreditando estar falando com os proprietários, começou a realizar transações com o golpista.

“Acreditando estar autorizada pelos proprietários a realizar as transações. ela só parou no momento em que o caixa travou. Ai ela entrou em contato conosco, informando o ocorrido”, disse.

A empresária conta ainda que após ser comunicada sobre a situação, ela e o esposo foram para a lotérica para se ater sobre o ocorrido e saber porque o o caixa foi bloqueado. “Ao chegarmos na lotérica, meu esposo logo percebeu o golpe e explicou para a funcionária, que compreendeu que havia caído nesse golpe, mediante Whatsapp, no qual ela foi enganada”, disse Dra. Ana Flávia.

O prejuízo de Ana Flávia e o marido foi de R$ 198 mil. De acordo com ela, o caso foi registrado na Polícia Civil de Paraúna, que está investigando o crime. A Polícia Civil de Turvânia, sob o comando da Dra. Isabele Morais, disse a esta reportagem que está avaliando a situação, uma vez que o caso, por se tratar de uma lotérica, subsidiária da Caixa Econômica Federal, possa ser da alçada da Polícia Federal. Esta reportagem não conseguiu contato com o delegado de Paraúna.

Por: Jornal A Voz do Povo

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