A investigação que resultou na prisão de oito pessoas, entre eles o ex-presidente da Goinfra Lucas Vissoto, e outros sete que ainda não foram localizados, foi determinada pelo próprio Governo Caiado.
Para chegar deflagrar a operação denominada de “Obra Simulada”, nesta segunda-feira (28), a Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) teve como base inicial relatórios técnicos da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), que identificaram irregularidades em um contrato firmado entre a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e uma empresa sediada no Distrito Federal.
O Governo afirma que a iniciativa é uma praxe na gestão do governador Ronaldo Caiado (UB), que não tolera qualquer desvio. O contrato que motivou a investigação envolvia a reforma e manutenção de 26 prédios públicos do Governo de Goiás, com valor estimado de R$ 28 milhões.
As apurações apontaram um prejuízo de mais de R$ 10 milhões aos cofres públicos, com indícios de pagamentos antecipados indevidos, superfaturamento e demolições indevidas para justificar notas fiscais fraudulentas. A Operação Obra Simulada cumpriu 114 mandados judiciais, incluindo 15 de prisão temporária, 24 de busca e apreensão, além de bloqueios de bens e quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático.
Entre os alvos da operação está Lucas Vissotto, ex-presidente da Goinfra, exonerado em abril de 2024 pelo governador. Ele e outros investigados poderão responder por crimes como associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraudes. As ações são realizadas em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal.
Compromisso com transparência
Em nota oficial, o Governo de Goiás enfatizou que a operação só foi possível graças ao trabalho de seus próprios órgãos de controle.
“A gestão estadual mantém tolerância zero com desvios de conduta no uso do dinheiro público e continuará colaborando para que os fatos sejam rigorosamente apurados e os responsáveis, devidamente punidos”, destaca o comunicado. A gestão do governador Ronaldo Caiado reafirmou ainda que “não ‘passa pano’ para ninguém e não há possibilidade de segunda chance”, finalizou.
Por: G5News